PROENÇA-A-VELHA
Evolução Histórica e Administrativa Até 1218 pertenceu a Idanha-a-Velha, a antiga Egitânia. 1218 - Em Abril de 1218 recebe foral de D. Pedro Alvites, mestre da Ordem do Templo, em carta concedida com beneplácito de D. Afonso II e D. Urraca.
08
Dez 09

 

 

 

Ao meu Querido Pai

 


Com saudades  


 

Quando tu partiste, depois de tanto sofrer

Ficou em mim a saudade e uma grande dor

Eu estava longe e não te pude vir ver

Mas por ti perdurará sempre um grande amor


 

Tu eras simples e bondoso

Tudo o que eu queria ser

Eras amigo e carinhoso

Mas tu partiste e a mim só me restou sofrer

 

 

 

 

(Recordando)

 


 

QUANDO TU CHEGAVAS .....

 

era um alívio e uma alegria indescritível.


 

Em homenagem ao meu saudoso e querido Pai

 

  

 

 

 Memórias que o tempo não apaga

Hoje tudo é diferente.
 Esta convivência gerava amor e dava valor

quem amávamos.

Será que ainda hoje é assim?


 

 

 

(Quando a idade não contava ......................)


 

Tinha eu seis anos incompletos e a minha irmã oito.

A minha saudosa mãe, devido a doença adquirida aquando do meu nascimento, passava uma semana em casa, para fazer as lides domésticas e duas no hospital da Idanha, internada, para tentar uma cura que tardava. Isto passou-se durante anos.

O Meu amigo e falecido pai trabalhava na altura na estrada que liga Proença e Medelim e, embora no Verão os dias sejam muito maiores que as noites, ele na verdade chegava sempre de noite.

Porquê?

Porque se aproveitavam as horas para fazer "extraordinárias" e assim obter mais algum dinheiro ao fim da semana.

A minha irmã, menina como era passava a maior parte do tempo em casa da minha madrinha Cacilda, que na altura morava na Rua do Castelo e  dela cuidavam como se de uma filha se tratasse.

 

Nesse ano de mil novecentos e quarenta e sete, o meu pai além de ter uma horta numa zona denominada "os pinheiros do Inácio Rocha", tinha também, de "meias "uma bastante maior que a nossa, pertencente à" Tia Isabel dos Anjos ", senhora viuva de que éramos muito amigos e que morava junto à "Praça" numa casa que ainda hoje lá está com o mesmo aspecto que tinha na altura.

Embora na nossa também houvesse alguns frutos,a  verdade é que nesta, por ser maior e muito mais antiga, tinha na realidade muitos e diversos frutos. Lembro-me de maçãs, "malapos" ameixas, abrunhos, peras, diversos tipos de figos e uvas de diversas castas.

Recordo em especial as uvas moscatel. Uma delícia que eram.

Quem tinha o encargo de a guardar (?) durante todo o dia e regar, eu era.

De vez em quando recebia a visita da minha irmã a qual, além de me dar companhia e ajuda nas lides da horta, era também a minha parceira de brincadeiras.

Uma das coisas que normalmente fazíamos era apanhar amoras das silvas e, calculem fazer vinho tinto.

Claro que depois de tanto trabalho e de tantas picadelas das silvas, acabávamos por deitar aquela "mistela" fora, pois que de vinho tinto só tinha a cor.

Quando chegava a tardinha tinha de regar a horta, para o que tirava água de um poço com um engenho a que se chamava "burra".

Esta "burra" era composta por forcalha, cambão  e varal, no qual  era pendurado um balde com que se retirava a água do poço que depois deitava no  regador para então fazer a rega.

Entretanto como a noite ia chegando e eu, como tinha medo das cobras, (que diabo, nem tinha seis anos!) trepava uma pequena sobreira que havia em frente da entrada e da referida horta e, não fosse adormecer, amarrava-me com uma corda a uma pernada da sobreira e ali aguardava a desejosa chegada do meu pai.

É evidente que eu não conseguia fazer tudo bem, e era o meu pai que, quando chegava da estrada onde trabalhava, fazia a parte mais pesada dos trabalhos da rega e não só.

Em seguida ele mesmo tratava de preparar a ceia (agora é jantar) e, após esta, íamos os dois, dar uma volta pela horta, ao mesmo tempo que  ele ia cortando alguns cachos de uva para ambos comermos.

Tínhamos também uma "passadeira", onde se colocavam os figos para secarem e, sob a mesma, o meu pai fazia uma cama onde os dois dormíamos. Em regra eu adormecia ouvindo histórias que ele me contava.

E era assim e ali que se passavam parte dos  meses de verão. Eram as férias(?).

Tempos difíceis, mas o amor que unia as famílias, era na verdade um exemplo que eu não esqueço e que para sempre guardarei no meu ciração.

 


(Quanta saudade meu Deus!).


 


 

FAfonso


 


 

publicado por AALADOSNAMORADOS às 11:36
sinto-me: Calmo e cheio de saudades
Olá Afonso!
Eu ainda me lembro do que é uma "burra"... gostava tanto de ir com a minha avó tirar a àgua do poço! Claro que só muito, muito mais tarde é que tive autorização para espreitar para dentro do poço do Moinho, durante largos anos estive impedida de chegar mais perto do que dois metros de distância... o que vale é que havia sempre muitas flores por perto que me entretinham sem grandes esforços! E também me lembro da passadeira dos figos... gostava de me assentar à sombra enquanto comia uns figos passados pelo sol, que eu e a minha prima tinham sorripado às escondidas... como se a minha avó nos fosse ralhar! Fazia-nos o seu ar chateado mas depois chamava-nos gulosas com o seu ar maroto!
E já agora... Acho que em parte conseguiste ser como o teu pai, considero-te uma pessoa simples, bondosa, amigo e carinhoso. Onde quer que ele esteja, tem certamente muito orgulho no filho que tem e na pessoa em que te tornaste.
Beijo grande!
São
soumaiseu a 8 de Dezembro de 2009 às 22:30
Comentário apagado.
Anónimo a 11 de Dezembro de 2009 às 10:55


Olá Maria
Costuma dizer-se que depois do temporal vem a bonança e este é um dito antigo e verdadeiro.
Mas adiante.
Não foi por pretender ser incógnito que não indiquei o meu nome. mas sim porque achei que com muita facilidade chegaria ao meu blog.
Em parte compreendo o que me diz no comentário mas discordo quando escreve ""na minha opinião ter sido muito agressivo no seu primeiro comentário"".Por isso transcrevo o meu primeiro comentário, rectificando o nome Pipocas por Maria do Mar e colocando o início que, ao copiar do OpenOffice, não passou por erro meu.
Sinceramente não vejo agressão alguma. Apenas a quis rectificar quando afirmou que ""E que tal irem mas é para casa amar a vossa mulher e pararem de ser activistas contra os direitos dos outros, caramba!"", e aqui não se referia a padres i mais à fente quando diz que ""Que raio poderá ter a Igreja a ver com um contrato civil? Para quê meter o bedelho? Manipular... Falar no assunto nas Missas. Haja "Prós e Contras" e debates em local neutro. Aí sim, me parece justo.""
Como sabe esta sua afirmação não é verdadeira, pois entre convidar as pessoas a assinar, -se o quisessem-, uma lista a enviar à Assembleia da República, e fazer apologia contra os homossexuais vai uma grande diferença. Eu concordo consigo que deve escrever no seu blog tudo o que quiser, -eu faço o mesmo- mas, tem que concordar que os outros também têm esse direito. Claro que depois você veio ainda com os betinhos, etc., etc. e Pacóvio. E isto fica-lhe muito mal, pois trata-se de insultar. Não se trata de ser mais novo ou mais velho, trata-se de princípios.
Por isso, em consciência, sugiro-lhe que leia o que escrevi e certamente verificará que não fui eu que comecei a usar termos menos próprios. Mas como digo no princípio, "depois do temporal todos esperamos a bonança”. Que ela venha para todos, pois além do mais estamos numa ´"Época que deve ser de Paz"
Aliás e para terminar, apenas lhe digo que ao ler o meu blog nada encontrará que a possa levar a pensar o que de mim pensou.
Sou uma pessoa simples e acredite que, com raras excepções, defendo tudo o que a Maria diz defender.

Cordiais cumprimentos
Afonso
AALADOSNAMORADOS a 11 de Dezembro de 2009 às 12:31
Olá, Afonso!

Fiquei espantada! Acho que sem querer provocaste uma grande tempestade... Acho que te conheço minimamente para saber que não era esse o teu objéctivo, mas a verdade é que acabaste por declarar guerra à Maria do Mar... E acho que ambos deviam ter moderado o "tom" de voz... E também acho que, agora que a àgua suja já correu debaixo da ponte, é tempo para se esquecerem todos os achaques... Estamos no Natal! Deviamos estar a pensar em fazer o próximo feliz, em espalhar amor, em dar amor... A vida é tão curta! Tu sabes isso, Afonso! Vá lá! Há coisas que não valem simplesmente a pena!

Beijo grande!

São
soumaiseu a 11 de Dezembro de 2009 às 13:04


Olá São

Tens toda a razão no que escreves mas, o que queres? Eu não gosto que se acuse quem se não pode defender. Muito menos quando ou de propósito ou inadvrtidamente certas afirmações saiem pela boca ou pelo teclado.. Sou amante da verdade. Detesto a mentira a qual me põe fora do sério.
Acho que devemos ter todos a nossa opinião, de treferência cimentada em realidades e não porque "está na moda".Contudo podemos fazer tudo issio sem adulterar o qu e os outros possam dizer. Muito menos recorrer ao insulto barato. Contudo, eu tinha de dar troco, pois caso contrário não ficava bem com a minha consciência e a pessoa que me quis insultar (só me insulta quem eu quero e não quem quer) poderia pensar que estava cheia de razão. Se tu fores ler o meu primeiro comentário, o qual deu motivo a esta troca de galhardetes, verificarás que não havia motivos para em seguida ser mimoseado com diversos tipos de impropérios, do género:”"Estas pessoas, a maior parte deles betinhos, beatos e cds's num só, são pessoas que pensam de forma diferente da minha”, “”fazer companhia à mãe velhota, a brincar com o filho no chão da sala ou a abraçar a mulher.””, entre outros e, o que me levou aos arames, o insulto Pacóvio. Claro que não gostei nem qualquer pessoa decente podia gostar. Ela ou qualquer pessoa pode ser a favor do casamento de homossexuais e lésbicas, mas eu não sou e ponto final. De resto por mim podem viver juntos e fazerem o que quiserem.
Mas como tu dizes estamos numa quadra em que devia prevalecer a amizade, por isso vou deixar de lado.
Tu sabes que se alguém ler o meu blog não encontra nele ataques seja de que espécie for. O mesmo não acontece com outras gentes.
Mas tudo bem

Um beijão

Afonso
Olha, queres saber a minha opinião sobre esse assunto? Vou-te dizer! A minha mãe diz que eu sou maluca! Que desde que me casei que fiquei apanhada do juízo! Acho que o assunto dos gays e das lésbicas está na moda. É "in" falar disso.. no entanto, também acho que são pessoas como as outras, simplesmente têm opções sexuais diferentes e se está na moda falar nisso, infelizmente também acho que está na moda perseguir os desgraçados por gostarem de se deitar com pessoas do mesmo sexo... Acho que o preconceito é o mote de vida de muita gente infeliz que por aí anda! Eu sou a favor do casamento entre gays e lésbicas. Porque não? Há pessoas que vivem uma vida interia assim... tens razão quando dizias que não são os gays e as lésbicas que dão continuidade à humanidade, mas esse argumento para mim não serve, nem todos somos gays ou lésbicas, e não podemos ser todos iguais... as pessoas tem de ser aceites como são e repeitadas como qualquer outro ser humano. Quanto à adopção de crianças aí já levanto a minha voz e digo "NÃO!!!" Se querem ser diferentes e assumir-se como tal por mim tudo bem, mas tentarem depois ser iguais aos outros e quererem ter filhos como qualquer casal "tradicional" já acho demais! Para mim, e correndo o risco de ser chamada de antiquada ou qualquer outra coisa bem pior, uma criança precisa de um pai homem e de uma mãe mulher! Ponto! Amem-se como quiserem! Mas não sejam igoístas ao ponto de quererem ter em conjunto uma criança!
Chocado com a minha opinião? :-)

Beijo
São
soumaiseu a 11 de Dezembro de 2009 às 18:21

Oi São

Na verdade não fiquei chocado por uma simples razão: Acho que todas as pessoas são livres de terem os seus gostos e as suas opiniões.
No entanto deixa-me dizer-te que, no meu ponto de vista, há algo que talvez tu e a maioria das pessoas que têm a tua opinião, talvez não estejam a ver.
É que um dos principais objectivos que esses "casais" têm em mente é precisamente o poedrem adoptar crianças. De resto é só pensares um pouquinho: Se eles teverem um casamento legal como o teu com que direito tu podes adoptar e eles não. Eles pretendem um casamento com direitos iguais, logo a ser instituida tal forma de ligação, não pode haver Lei que que te dê a ti aquilo que eles não possam ter. Não São. Uma Lei quando é feita é para a totalidade dos cidadãos. É aí que eu acho que tu erras e é por isso que eu sou frontalmente contra. Não é o casamento em si que me interessa, o que me interessa é o que advém e que eles depois vão exigir e com razão.
Se um casal tudo faz para serem um exemplo para os filhos, eles pela lógica da convivência teriam que lhes demonstrar que eles sim, estavam do lado certo. Logo, tal como tu pretendes que a tua pequenina siga o exemplo dos pais, também eles fariam o mesmo. O contrário seria eles dizerem nós somos anormais mas queremos que vocês o não sejam.
(((Olha interrompi para ir dar a sopinha à minha netinha, pois hoje não quis que a avó lha desse)))
Será que os “tais criancinhas” também teriam os avós assim junto delas?
Esta São, é a verdade dita sem estar na "moda", mas sim a realidade real (salvo o pleonasmo)
Medita e pensa no que tu queres para os teus.

Um beijo

Afonso
Pois! Tens razão! Efectivamente nunca tinha pensado no assunto por esse prisma! Se seguirmos a tua linha de raciocínio teremos também de ser frontalmente contra. E aí eu estou do teu lado. Mas também não me parece justo que se negue o casamento a estas pessoas. Acho é que essa decisão tem de ser tomada em consciência e nunca de ânimo leve... deviamos encontrar alternativas... por enquanto, enquanto essas alternativas não surgirem, acho vou passar a pensar duas vezes antes de dizer que sou a favor!
Em relação à minha Rita penso muitas vezes no que quero para ela, e chego sempre à mesma conclusão. O que mais quero é que ela seja feliz. Que perceba a importância da vida. Que cresça a respeitar os outros. Que seja sempre ela própria, fiél aos seus princípios, e nunca se deixe anular por nada. Acho que o resto vem depois. Tenciono estar sempre por perto, não como amiga, mas como mãe... (As amigas que as arranje ela!) com um colo pronto para receber as suas lágrimas sempre que precisar de desabafar! Acho que é o que todos os pais desejam, não é?

PS. És mesmo um avô babado! A tua netinha deve ter pensado "É sempre a avó! Hoje quero o avô!" Ela bem sabe que tem de aproveitar agora!

Beijo

São
soumaiseu a 11 de Dezembro de 2009 às 20:21
Boas noites São

Pois São o problema é essencialmente esse. A maior parte das pessoas não se lembram daquilo que no anterior comentário te referi.
Aliás, devo dizer-te, porque ao contrário do que alguém escreveu, eu não sou contra a forma como essas pessoas se relacionam sexualmente. Devo mesmo dizer-te que embora na verdade me repugne, acho que cada um , desde que não ofenda a moral pública, pode fazer o que quizer. Claro que não incluo nisso essa “”macacada”” de marchas de homossexuais, lésbicas e etc.””Com isso dão sempre espectáculos degradantes, penso eu.
Todavia devo dizer-te que enquanto na minha vida efectiva de trabalho, lidei e tive bastantes amigo e amigas, eles homossexuais e elas lésbicas. Curiosamente quando vinha à baila a questão do casamento e da adopção, todos concordavam comigo. É que ao contrário do que certa pessoa disse e insinuou, não é o casamento que iria ou irá fomentar o amor entre eles. Há imensos casais heterossexuais que, embora não sendo casados, vivendo apenas em união, não deixam por isso de se amar.
Logo, mesmo inocentemente pensando se conclui qual o objectivo que sub-repticiamente está encapotado e que agora raramente é mencionado para depois, se atingirem o objectivo, então sim, poderem exigir aquilo que a lei consagra a todos os cidadãos.
São errar é humano. Eu já errei muitas vezes e não tenho qualquer dúvida em reconhecer o erro quando tal me é demonstrado e arrepiar caminho
Sem ofensa, mas lembrando um ditado muito antigo, “””só os burros e orgulhosos não mudam””
Durante as nossas vidas muitas vezes mudamos, porque vamos aprendendo com outros.
Eu deduzo o que tu queres para a tua Ritinha e sei que não é aquilo que tu sabes que eu sei.
.Olha estou a escrever com a minha Martinha ao colo.
Um abraço São

Afonso
AALADOSNAMORADOS a 11 de Dezembro de 2009 às 21:11
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