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NUNCA OS DEVÍAMOS ESQUECER
caminhando
Domingo, depois do almoço e após dar uma vista de olhos por alguns blogues na Internet, a maioria dos quais se apresentavam enfeitados com motivos natalícios, bem bonitos, saí com a minha esposa e fomos, como habitualmente fazemos, visitar um Lar de Idosos.
Este fica situado junto ao Parque Florestal de Monsanto, numa zona que considero aprazível. Instalado numa mansão antiga, embora modesto, é funcional e muito acolhedor.
Lá dentro, distribuídos por dois pisos, encontram-se diversas pessoas, todas elas padecendo de enfermidades diversas, entre as quais e, principalmente a Alzaimer.
O pessoal, de uma forma generalizada é bastante atencioso e carinhoso e isso é muito de louvar, pois aquelas pessoas, todas elas, necessitam muito de cuidados e carinhos.
Não porque as restantes o não sejam, mas, porque é com ela que mais contacto, distingo a dona Rosa e a dona Noémia.
Em especial a primeira que é na verdade uma óptima pessoa e muito se esforça para dar alguma alegria àquelas pessoas, todas elas tão necessitadas de carinho e amor.
Com elas canta, com elas ri e para elas inventa histórias, no intuito de as fazer alegrar um pouco .
E consegue.
Porém, nem todas conseguem acompanhá-la, pois a maioria sofre desta terrível doença que tanto se tem disseminado pela chamada terceira idade.
É o Alzaimer.
No interior, agora que o tempo é frio -estamos em Dezembro-, a temperatura é muito agradável, graças aos radiadores a óleo distribuídos pelas diversas dependências dos dois pisos daquele acolhedor Lar.
As pessoas que ali se encontram, são na sua totalidade idosas e, devido à doença, uma grande parte tem as faculdades mentais extremamente diminuídas, o que as inibe de poderem manter uma conversa por pequena e simples que seja.
Quando lá chegamos, sentadas numa sala e em maples confortáveis, todas elas apresentam bom aspecto e, regra geral, há sempre alguém junto de cada uma delas. Normalmente são os familiares que, trabalhando durante a semana, aproveitam, tal como nós, para efectuar estas visitas que, digamos em abono da verdade, são bastante dolorosas para quem as efectua.
É sempre com tristeza e com saudade redobrada também, que se parte.
Devo dizer que não é fácil lidar com estes casos, em especial quando são familiares nossos e bem queridos, que são abrangidos pelos mesmos.
Mas, o que havemos de fazer?
Esta doença requer além de outros, cuidados e vigilância médica continuada e por tal facto é difícil, se não impossível tudo isto ser disponibilizado numa normal casa de habitação.
Na altura em que nós nos encontrávamos, entrou também, acompanhado de algumas senhoras da Paróquia da Buraca , o Prior da mesma.
A todas as pessoas dirigiram palavras de carinho e esperança em Deus, prometendo que voltariam em breve.
Nós, porque a noite se aproximava rapidamente, tivemos também que regressar à nossa casa, com a esperança de um novo domingo para novamente regressarmos.
Se Deus quiser,
Voltaremos.
15-12-2008
F.Afonso