Um Estado de Alma
Muitas pessoas discordarão de alguns dos meus “escritos” que posto no meu
blog.
Acho que têm o direito de discordar como eu tenho de escrever o que me vai na alma.
É verdade que em regra é mais agradável ler coisas alegres, mesmo que não sejam reais, do que coisas tristes embora verdadeiras.
Também é verdade que se alinharmos em coisas, ditos ou ideais que, embora não sejam nem moral nem politicamente correctos, arranjamos logo um monte de simpatizantes, a maioria dos quais apoiam porque “está na onda”, pois nem sequer se dão ao trabalho de meditarem um pouco naquilo que dizem ou apoiam.
O que é pena.
Pois poderão, sem ser essa a intenção, estar a fazer muito mal a princípios que dizem defender
Contudo, eu continuarei debitar aqui as alegrias e as tristezas que no meu coração se produzem e no meu íntimo se radicam.
É por isso que hoje descrevo algo que embora triste, é real.
Há cerca de dois meses fui convidado para testemunhar o baptizado na Igreja da Parede da filha de um familiar meu, o que me deu grande prazer por ver que este casal de pais, ambos jornalistas, não descuram as suas “obrigações” de católicos e as vão incutindo no espírito dos seus filhos. Este é aliás, o segundo filho que têm e o segundo que vão baptizar.
Como todos sabemos, em especial quem vive com o coração estes preparativos, estas ocasiões são em regra motivo de júbilo e muita alegria.
Com estes meus familiares e acima de tudo amigos, sucedia exactamente o mesmo.
Porém, lá diz o ditado “não há rosas sem espinhos”,e mais uma vez o ditado acertou.
A irmã do pai da bebé que vai receber o Sacramento do Baptismo há algum tempo foi-lhe diagnosticado um problema de saúde bastante grave.
Até aqui nada de anormal para os tempos que correm.
Só que o estado de saúde piorou e tal forma que levou a internamento urgentíssimo e a doente corre mesmo grande perigo de vida, com poucas esperanças de sobrevivência.
É que a doença que entretanto se manifestou é daquelas que quase em regra não perdoa.
E assim, aquilo que se pretendia uma Celebração de Festa e Amizade, está a transformar-se num dia de imensa tristeza para todos os convidados, os quais, se não são familiares, são grandes amigos.
Na verdade não há momentos bons para o aparecimento das doenças e por isso temos de nos curvar quando elas aparecem e, se mais não pudermos, dar pelo menos força moral a quem é atingido por esta calamidade é o mínimo que podemos fazer.
Foi isso que tentamos fazer na medida do possível.
Sabemos que é pouco, mas, costuma dizer-se que quem dá o que tem, dá tudo.
Pedimos ao Senhor do Alto e aos homens da ciência que em tudo o que puderem ajudem a debelar esta doença que lhe quer arrebatar a vida.
FAfonso